Friday, July 17, 2009

as Nações Unidas do Sorriso

Quando você produz a paz e a felicidade em si mesmo, você começa a consumar a paz para todo o mundo. Com o sorriso que você produz em si mesmo, com a respiração consciente que você estabelece dentro de si, você começa a trabalhar pela paz no mundo. Sorrir não é sorrir somente para si mesmo; o mundo mudará por causa do seu sorriso.

Thich Nhat Hanh em
O Coração da Compreensão (leia mais aqui)




Quando eu era noviço, não conseguia entender por que o Buda tem um sorriso tão lindo se o mundo está repleto de sofrimento. Será que ele não se incomoda com tanta dor? Mais tarde, descobri que o Buda tem em si grandes quantidades de compreensão, calma e força, razão pela qual o sofrimento do mundo não o aniquila. Ele consegue sorrir para o sofrimento porque sabe lidar com ele e transformá-lo. Precisamos ter consciência do sofrimento que existe no mundo, mas sem perder nossa clareza, nossa calma e nossa força, para que possamos ajudar a transformar as situações. Um oceano de lágrimas não nos afogará desde que haja karuna. É por isso que o sorriso do Buda é possível.

Thich Nhat Hanh em A Essência dos Ensinamentos de Buda (leia mais aqui...)



sorria, na caligrafia de Thich Nhat Hanh


o lindo bebê Rafael, que frequenta Plum Village
deste o ventre de sua mãe Helena, sorrindo com os olhos


o querido Ernesto, da Sangha de Valência,
que também sorri com seus olhos de gato


sorrindo até na despedida -- Mark (Hey, Buddha!) da Austrália e Aaron dos EUA


os queridos Susanne (Alemanha) e Alain (França), com Stefan (Nouruega) ao violão, durante o Retiro de Verão de 2008



Durante os retiros de meditação, fazemos exercícios para respirar, sorrir e andar com plena consciência. O retiro cria um ambiente especial que conduz à plena consciência. Essa é a natureza coletiva desse evento. Caminhando com plena consciência, prestando atenção à respiração e praticando o sorriso, estamos cultivando nosso bem-estar pessoal. Mas, assim como o coletivo está no individual, o individual também tem um efeito sobre o coletivo. No momento em que damos um passo para a paz, o mundo muda. No momento em que sorrimos, mudamos um pouco não só nós mesmos mas os que entram em contato conosco.

Muitos de nós em Plum Village aprendemos o hábito de voltar à nossa respiração e sorrir toda vez que ouvimos o sino tocar. Esses hábitos positivos precisam ser cultivados, porque nossos hábitos negativos sempre nos empurram para fazer e dizer coisas que causam sofrimento a nós e aos outros.

Thich Nhat Hanh, Transformações na Consciência de acordo com a Psicologia Budista (clique aqui para ler mais)




Se somos um pessoa livre, não somos condicionados pelas coisas ao nosso redor. Simplesmente sorrimos para elas e trilhamos o nosso caminho. Aquilo que nos cerca é como um espelho. Se nós sorrimos, o espelho sorri. Se choramos, o espelho chora. Se estamos mal então a situação se torna ruim também. Mas mesmo numa situação ruim, se formos capazes de sorrir, então aquilo que nos cerca irá sorrir conosco. Portanto, aquilo que nos cerca está vindo da nossa mente.

Thich Nhat Hanh (Nothing to Do, Nowhere to Go - Waking Up to Who You Are)



o vasto sorriso perene de Duc Thân, também conhecido como Phap Easy


sorriso de luz: a Irmã Chân Kong,
verdadeira Samantabhadra, Bodhisattva da Grande Ação


o Irmão Phap Manh recebendo a visita de sua mãe


Phap Dong Luc e Claudio (Itália) , que na foto abaixo aparece já como o noviço Phap Banh, meu muito querido amigo



doces sorrisos iluminados: a Sangha jovem do Upper Hamlet


os Irmãos trabalham na cozinha sorrindo...


sorrindo e cozinhando Amor: Anand, da Índia, e um Irmão monástico


Gary, do Canadá, sorri para o Sol


Irmão e Irmã do Dharma, Lécio de Portugal e Denise da Sangha Plena Consciência (SP) -- esta foto foi tirada na paisagem do meu coração


num dia gelado, o sorriso solar e a presença fundamental
do querido Arnold, ao centro desta foto, aquecem o coração



Friends on the Path: (da esq para dir) este blogeiro junto do Gregory da Suíça, o David dos Eua, o Stuart da Escócia, o Leo da Irlanda, e atrás o querido Garry, da Tasmânia


Linkda esq. para dir, Ursula, da Alemanha, que ordenou-se noviça em Março de 2009 (clique aqui para ver fotos da cerimônia de ordenação), Mari da Nouruega e Sander da Holanda


o maravilhoso Utsavo, da Polônia -- sorrindo com todo o ser


o querido Phap Huu e um jovem amigo


os queridos Gilad, de Israel, e Rebekah, do Canadá


objetos achados: Stephan, dos EUA, e este blogeiro brasileiro



na estação de Ste. Foy le Grande, sorrindo mesmo na despedida: o querido Garry, da Tasmânia, e o meu querido irmão do coração, Arnold -- what the world needs now is love, sweet love; that's the only thing that there is just too little of...


Link
Nossas aflições nada mais são do que iluminação. Podemos deslizar em paz nas ondas de nascimento e de morte. Podemos viajar no barco da compaixão e atravessar o oceano da ilusão com um sorriso destemido. À luz da interexistência, vemos a flor no lixo e o lixo na flor. É nas profundezas do sofrimento e das aflições que podemos contemplar a iluminação e o bem-estar. É exatamente na água lamacenta que a flor de lótus brota e floresce.


Thich Nhat Hanh, Transformações na Consciência de acordo com a Psicologia Budista (leia mais aqui)

3 comments:

  1. ESPETACULAR!!!!
    Fotos e texto contagiantes.
    Meu deu até vontade de sorrir.
    Um fraterno abraço,

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  2. Marcelo,

    Obrigado pelo blog. Maravilhoso. As fotos e as citações me transportaram para PV novamente. Obrigado por doar seu tempo em meu benefício.

    Leo

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  3. Lindas fotos! Acompanho sempre o seu blog. Viajo junto com o seu texto e fotos. Tenho aprendido muito, estou lendo os livros do Thich Nhat Hanh.Vc sabe se em Belo Horizonte encontro um lugar p/ estudar os ensinamentos dele? Obrigada

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