Wednesday, September 30, 2009

a colheita das ameixas

É isso, na caligrafia do Thây, talvez a minha preferida das que em Plum Village temos como sinos da plena consciência, emolduradas e espalhadas por todos os lugares, quartos, salas, corredores, escadas -- para lembrar-nos de vivermos no momento presente, e retornarmos à nossa respiração. Foi a frase que escrevi num galho caído, e que eu mantinha à porta da minha tenda durante o Retiro de Verão. É a frase que tenho na floreira do meu quarto. É isso.




A bananeira, quando nova, tem somente duas folhas. Assim que a terceira folha aparece, as duas primeiras a alimentam. Estas respiraram o ar e absorveram os raios solares para que a terceira folha conseguisse abrir-se e crescer. Quando a quarta folha surge, a terceira já se juntou às duas primeiras para nutri-la. Esse processo continua até a bananeira se tornar adulta. Nesse momento, as primeiras folhas começam a murchar, mas a energia delas está acumulada em todas as folhas que cresceram depois. Se observarmos a fundo uma das folhas mais novas, veremos a presença das mais antigas e compreenderemos que estas últimas nunca desapareceram. Observando profundamente, veremos toda a energia dos nossos pais, avós e ancestrais. Se essa energia não estiver acumulada dentro de nós, para onde mais poderá ter ido?


[...] Temos que observar a fundo para ver os esforços das incontáveis gerações passadas. Nós estamos na Terra, respiramos, apreciamos árvores e flores. Ao fazermos isso, vemos também as gerações passadas. Não há como nos separar delas. Acreditarmos que estamos sós ou isolados é uma ilusão que causa muito sofrimento.

Se sofremos como a árvore de cujas raízes fomos cortados é porque perdemos o contato com nossa família e nossas correntes ancestrais.
[...] Tudo de que precisamos para nos curar está dentro de nós. É ali que carregamos a vida, o sangue, a experiência, a sabedoria, a felicidade e a tristeza de todos os nossos antepassados. Desfrutamos da saúde e do vigor que eles tiveram. [...] Estabelecendo uma conexão com nossos ancestrais, liberamos grandes reservas de energia e somos capazes de ver seus sorrisos e estilos de vida simples e saudáveis. As qualidades deles também estão em nós, se soubermos como despertá-las.

Thich Nhat Hanh em Ensinamentos sobre o Amor




no encerramento do Retiro de Verão, as condições permitindo, após a última Palestra do Dharma o Thây nos conduz numa meditação caminhando até o pomar das ameixeiras do Lower Hamlet (na foto acima, e nas fotos seguintes, abaixo), onde cuidadosa e silenciosamente caminhamos entre as doadoras árvores, praticando a plena consciência...


uma parte da sangha talvez tenha podido realizar a impermanência acompanhando a manifestação das ameixeiras desde o seu não-começo sem-fim, quando depois do inverno brotam as primeiras pequenas folhas e inflorescências, que depois tornam-se os frutos que vamos colher com o Thây...


...quando com o Thây vamos cada qual colher o fruto da nossa prática, depois de termos praticado juntos durante todo o verão, cada qual contribuindo para o acontecimento do Retiro de Verão que reúne praticantes de mais de 50 países, como em 2009, cada qual contribuindo para o estabelecimento de uma sólida energia da plena consciência na sangha...


passeamos com o Thây por entre as árvores, e entre elas nos sentamos para meditar -- contemplando a impermanência e o não-objetivo, sobre o amor, sobre a gratidão, sobre a simplicidade, sobre a compaixão, na Natureza que é uma grande fonte de inspiração -- e então juntos colhemos e desfrutamos das ameixas, juntos colhemos e desfrutamos dos frutos da nossa prática


assim encerra-se mais um Retiro de Verão -- desarmam-se as tendas das pessoas que escolheram ficar acampadas e a multidão de praticantes volta a seus países e às suas casas, levando a prática aprendida e vivenciada...


os jardins esvaziam-se, e para a parte da Sangha que ficou para a "arrumação da casa", é tempo de desarmar as tendas montadas para acolher as dezenas de grupos de Compartilhar o Dharma...


os bosques -- como este no Lower Hamlet, a pagoda do sino entrevista ao fundo -- sem as tendas dos hóspedes de Verão, volta a ser refúgio de tranqüilidade para os pássaros e as caminhadas em silêncio e recolhimento...


mesmo os girassóis, cultivados nos campos ao redor de Plum Village, estão prontos para ser colhidos...



para quem ficou durante os lazy days, a colheita das ameixas tem uma segunda parte, do trabalho realmente, quando percorremos todo o pomar colhendo as frutas, que as Irmãs irão transformar nas deliciosas geléias orgânicas chamadas Plum Gems, que irão alegrar os nossos desjejuns ao longo do ano, e ficam à venda nas livrarias dos Hamlets de Plum Village






Quando transformamos nosso próprio sofrimento, quando realizamos nossos sonhos, acabamos com a dor e concretizamos os sonhos dos nossos ancestrais e descendentes. Nossa prática é realizada por todas as gerações passadas e futuras.

[...] Ao comermos uma deliciosa cenoura, temos que sentir que ela também é fruto do empenho de muitas gerações. Por trás de uma fatia de pão há uma história de milhares de anos. No Vietnã, quando comemos uma tigela de macarrão, temos consciência de que ela tem sua própria história. As mães não sabem automaticamente como temperar essa refeição. Esse conhecimento foi transmitido por muitas gerações. Todo bolo, todo prato possui sua própria história. A felicidade dos nossos ancestrais tornou-se nossa própria felicidade.

Durante a prática, vamos nos conectar a todos os nossos antepassados, bem como aos rios, montanhas, plantas e alimentos da nossa terra. O que somos senão a manifestação e continuação de todos esses elementos? [...] É claro que estamos prontos para abraçar o que é positivo, mas temos que aceitar também os aspectos negativos de nossa sociedade, como a violência, o ódio e o racismo, a fim de transformá-los. Devemos viver no sentido de contribuir para a mudança desses elementos.

Thich Nhat Hanh em Ensinamentos sobre o Amor




Não existe chegar nem partir, pois nós estamos sempre com você, e você está sempre conosco. Quando voltamos para casa e nos lembramos de nos voltar para a nossa respiração, sabemos que nossos amigos em Plum Village e em toda a Sangha ao redor do mundo estão respirando também. Quando quer desejemos, podemos tomar refúgio nas práticas da respiração consciente, do comer consciente, da fala amorosa e muitas outras práticas maravilhosas. E quando o fazemos, sentimo-nos estreitamente conectados, não mais sozinhos. Tornamo-nos tão grandes quanto o Corpo da Sangha.


Vamos continuar com nossa prática quando retornarmos às nossas casas, famílias e sociedade. Assim como aprendemos a viver em harmonia com a Sangha em Plum Village, assim também podemos cultivar harmonia em nossa família e em sociedade. Assim como aprendemos a compreender e a apreciar nossos amigos praticantes, podemos aprender também a compreender e apreciar nossos colegas de trabalho e nossos vizinhos. Podemos praticar a fala amorosa com estranhos num ônibus em nossa cidade, assim como fazemos com nossos irmãos e irmãs em Plum Village. A prática da plena consciência esta onde nós estamos.

(em COMO DESFRUTAR DA SUA ESTADIA EM PLUM VILLAGE - UM GUIA DAS PRÁTICAS E ATIVIDADES, COMPILADO PELOS MONGES E MONJAS DE PLUM VILLAGE)

Link


Encerro com a orientação acima -- a prática é todo momento, a prática está em todo lugar -- as postagens sobre o Retiro de Verão para este blog, e com a delicada foto abaixo, do quarto do Thây no monastério de Son Ha, na Cabana da Pele de Sapo (que ele menciona carinhosamente em sua Uma carta para todas as minhas crianças espirituais), gostaria de começar a compartilhar o período seguinte, o dos lazy days, quando Plum Village permanece fechada e a sangha descansa ao mesmo tempo em que dá conta de arrumar a casa e preparar-se para a programação do segundo semestre, trabalhando tranquilamente




um dos bosques onde a sangha se reúne para uma pausa durante a meditação caminhando com o Thây, nos fundos do Upper Hamlet, visto em outras postagens como meditação caminhando, sempre e meditação no cotidiano -- de novo entregue ao silêncio e solitude


as chuvas de verão apontam o caminho... diz-se que na outra ponta do arco-íris, onde ele termina, há um pote de ouro... Encontrei-o em Plum Village, como mostra a foto abaixo, do arco-íris terminando no Salão de Meditação do Upper Hamlet...




o pequeno buda sobre o altar do Salão de Meditação do Upper Hamlet, e na parte de cima da foto pode-se entrever a base do Buda branco que fica do lado de fora, no altar dos jardins de Plum Village






Inspirando, sei que estou inspirando
Expirando, sei que estou expirando


Inspirando, eu me vejo como uma flor

Expirando, eu me sinto terno



Um ser humano deve ser terno como uma flor, porque somos flores no jardim do universo. Basta que olhemos para as belas crianças a fim de perceber isto. Os dois olhos redondos são flores. A face transparente e a carinha meiga são flores. As mãos são flores. É porque nos preocupamos demais e porque passamos muitas noites em claro que se formam nossas olheiras. Inspirando, revivemos nossa natureza de flor. A inspiração faz reviver nossa flor. O expirar nos ajuda a ter consciência de que podemos ser tão ternos, de que somos tão ternos como uma flor. É uma meditação de gentileza amorosa para conosco.

Thich Nhat Hanh em A energia da Oração

Wednesday, September 23, 2009

retiros - Primavera, Verão e para Jovens - 2009

na bela caligrafia do mestre Thich Nhat Hanh,
Aquiete-se
e saiba




Quando toco minha cabeça com minha mão esquerda, minha mãe está tocando-me ao mesmo tempo, meu pai está tocando-me também. E todos os meus ancestrais estão tocando a minha cabeça, nesse gesto. Esse insight é um milagre, e torna-se possível com a prática. Esse é o insight sobre o interser, sobre o qual vocês já ouviram tanto, tantas vezes. Você inter-é com seu pai, sua mãe, seus filhos, seus ancestrais. Você inter-é com o Buda, com o seu mestre. Você inter-é com Jesus Cristo, com os seus ancestrais espirituais. Eles estão em você, mesmo que você esteja brigado com eles – eles continuam no seu sangue, nas suas células.


Então você olha para a sua mão, e consegue ver que o Buda está nela, porque recebeu os Cinco Treinamentos da Plena Consciência – e eles são o Buda. Os Cinco Treinamentos da Plena Consciência são o insight e a prática a respeito do amor: você está determinado a não matar, a proteger a vida, você está determinado a ofertar amor e proteção. No momento em que você se ajoelha e recebe os Cinco Treinamentos da Plena Consciência, você está recebendo o Buda em você, de maneira concreta. E a partir de então, sua mão torna-se a mão do Buda. Pois você não mata mais, a sua mão não mata mais. Você não faz mais os outros sofrerem; a sua mão não rouba mais. O Buda está na sua mão. A sua mão é a mão de Buda. Então quando você traz sua mão à sua cabeça, o Buda está tocando você – isso é muito bom...

(para ler mais desta Palestra do Dharma dada por Thich Nhat Hanh, por favor acesse aqui)


como o Salão de Meditação do Upper Hamlet está em reforma, quando ocorreram neste mosteiro, as palestras dos retiros de Primavera e de Verão foram dadas ao ar livre, sob estes pinheiros atlânticos que o próprio Thây plantou


nesta foto, uma parte da sangha monástica vestida formalmente para a transmissão dos Cinco Treinamentos da Plena Consciência, nos jardins do Upper Hamlet, como ocorreu durante os retiros de Primavera e Verão deste ano -- se desejar, leia a transcrição das Palestras do Dharma dadas por Thich Nhat Hanh (em Inglês) durante o retiro Eye of the Buddha, em Junho de 2009, que estão sendo disponibilizadas semanalmente no site oficial de Plum Village -- por favor acesse-as aqui


Os monásticos trabalham e divertem-se criando o cartaz "Um Buda só não é suficiente", que nas fotos abaixo aparece de pano de fundo para a aprensentação dos muitos e jovens Budas








Pessoalmente, desejo que o século XXI seja chamado de “século do amor”, porque necessitamos desesperadamente de amor, o tipo de amor que não produz sofrimento. Se não tivermos suficiente bondade e compaixão, não seremos capazes de sobreviver enquanto planeta. Nossos problemas no século XXI não são os mesmos que o Buda, seus amigos e discípulos encontraram durante as suas vidas. Atualmente, a meditação deve ser praticada coletivamente: na família, na cidade, na nação e na Sangha de nações.

Há um Buda que supostamente nascerá para nós chamado Maitreya ou Bondade Amorosa, o Buda do Amor: o Sr. Amor, a Sra. Amor. Uma Sangha que pratica bondade e compaixão é o Buda que precisamos para o século XXI. Cada um de nós é uma célula no corpo do Buda do Amor. Cada célula tem seu próprio papel a cumprir e não podemos nos dar ao luxo de perder nenhuma de nossas células. Temos que permanecer juntos. Temos o poder de trazer Sanghakaya, o corpo da Sangha, e o Buda Maitreya à existência pelo simples ato de sentarmos juntos e praticarmos profundamente.

Portanto, o próximo Buda pode não assumir a forma de um indivíduo. No século XXI a Sangha pode ser o corpo do Buda. Temos o poder de trazer o próximo Buda à existência neste século. Se sentarmos juntos e praticarmos o olhar profundo, podemos trazer o Sanghakaya e o Buda à existência. Todos nós temos o dever de trazer esse Buda à existência, e não apenas por nosso próprio bem, mas pelo bem de nossos filhos e do planeta Terra. Isto não é auto-enganação ou excesso de otimismo; isto é uma real determinação.


Thich Nhat Hanh em Eu Busco Refúgio na Sangha – Um caminho espiritual




uma das grandes alegrias de trabalhar durante o Retiro de Verão e colaborar com seu funcionamento, é poder assistir as crianças desfrutando em segurança e liberdade, como raramente podem desfrutar de qualquer outro ambiente, enquanto através de brincadeiras aprendem a cultivar a plena consciência... Se desejar ver mais fotos das sangha mirim de Plum Village e sua vital participação, por favor acesse a postagem todos os tamanhos, todas as idades


Acendendo esta vela
oferecendo luz aos inúmeros Budas,
a paz e a alegria que sinto
iluminem a face da Terra

(foto da sangha internacional de Plum Village, quando em 2009 foram mais de 50 países, acendendo lanternas de papel para um dos festivais do Retiro de Verão)




Muitos de nossos jovens estão sem raízes. Eles não acreditam mais nas tradições de seus pais e avós, e não encontraram nada que possa substituí-las. Os líderes espirituais precisam abordar essa questão bastante real, mas a maioria simplesmente não sabe o que fazer. Eles não foram capazes de transmitir os mais profundos valores de suas tradições, talvez por não as terem compreendido ou experimentado completamente. Quando um religioso não personifica os valores vivos de uma tradição, não é capaz de transmiti-los à geração seguinte. Quando os valores vivos estão ausentes, os rituais e os dogmas são inertes, rígidos e até opressivos. Se combinarmos isso com a falta de entendimento das verdadeiras necessidades das pessoas e uma ausência generalizada de tolerância, não poderemos ficar surpresos com o fato de os jovens se sentirem alienados dentro dessas instituições.


Precisamos de raízes para sermos capazes de ficar eretos e fortes. Quando os jovens vêm para Plum Village, eu sempre os estimulo a praticar de uma maneira que os ajude a voltar às suas tradições e reimplementar suas raízes. Se eles conseguirem se reintegrar, tornar-se-ão um importante instrumento de transformação e renovação da sua tradição. Após um retiro para membros de diversas religiões realizado em Santa Barbara, um jovem me disse: “Thây, sinto-me mais judeu do que nunca. Vou dizer ao meu rabino que um monge budista me inspirou a voltar para ele.” Pessoas de outras tradições afirmaram a mesma coisa.

Thich Nhat Hanh em Vivendo Buda, vivendo Cristo


Aqui estão algumas fotos do Retiro de Jovens que ocorreu durante o mês de Agosto de 2009 no monastério do Lower Hamlet (cujo Salão de meditação aparece na foto acima, durante um painel sobre Os Cinco Treinamentos da Plena Consciência).

Nos tempos do blog paraserzen recebia algumas perguntas sobre os retiros para jovens e adolescentes em Plum Village -- esta é uma oportunidade de compartilhar algumas dos fotos e práticas do retiro de 2009


orientação sobre a melhor maneira de sentar-se em postura meditativa dada pelas irmãs monásticas do Lower Hamlet


orientação dada pelo querido, brilhante Pháp Huu, que se auto-intitula o mini-monge, mas que é já professor do Dharma e assistente pessoal do Thây, além de algumas vezes ser o abade em exercício do Upper Hamlet.

Ele contou-me que, certa vez, cuidando do mestre como há muitos anos vem fazendo, Thây disse-lhe:
-- Tenho certeza de que você é um assistente tão bom quanto Ananda o foi para o Buda...

Pháp Huu acolheu o elogio, e brincou:
-- Querido Thây, só que eu não tenho a memória de Ananda...

Thây riu e retrucou:
-- Tudo bem. Hoje em dia nós temos os mp3.


O Salão auxiliar do Lower Hamlet -- um pequeno Buda no altar, e o outro Buda lá fora, em pleno jardim (visto através da janela) --, durante uma sessão de Relaxamento Profundo oferecida aos participantes do Retiro de Jovens -- esta prática está descrita no apêndice D do livro Aprendendo a Lidar com a Raiva - Caminhos para a Paz Interior, de Thich Nhat Hanh


palestra sobre O Amor Verdadeiro no Salão da Transformação do Upper Hamlet, com um dos inconfundíveis Budas pink de Plum Village, dada por Thây Pháp Son, abade do monastério de Son Ha, e por Thây Pháp Duê, atual webmaster do renovado e belo site oficial de Plum Village, que você pode conferir acessando http://plumvillage.org


para ver mais fotos do Retiro de Jovens, que em 2009 reuniu mais de 120 participantes, por favor acesse aqui


os participantes do Retiro de Jovens descem ao longo dos bosques de pinheiros do Upper Hamlet em direção ao mosteiro de Son Ha, com a visão sempre bela e inspiradora da cidadela de Puyguilhem na colina ao fundo


há muitas atividades físicas e ao ar livre durante o Retiro de Jovens, como esta caminhada que percorreu os bosques e as vinícolas que cercam Plum Village


um jogo de futebol com equipes multinacionais que não competiram entre si, mas colaboraram na diversão e na alegria


esta é uma brincadeira com bambus bastante comum no Vietnã, e a preferida das jovens irmãs monásticas, que vêm de lá para praticar nos monastérios da França


na foto acima durante um jogo de frisbee, Thây Pháp Huu, o mini-monge mencionado por Thây em Uma carta para todas as minhas crianças espirituais, a quem eu considero como uma das muitas felizes e capabilíssimas continuações do Thây


ping pong é um dos esportes prediletos em Plum Village -- e como praticado por estes jovens, que vão rodando ao redor da mesa e rebatendo a bola, quando o chamamos de ping pong em plena consciência -- torna-se muito mais um jogo de colaboração do que de competição


música, sempre muita e boa música em Plum Village


os participantes do Retiro dividem-se pelos jardins em pequenos grupos de Compartilhar o Dharma, como este, orientado pelo jovem noviço francês, o muito querido Pháp Thé



Diz-se que encontrar um verdadeiro mestre é a mesma coisa que estudar seus ensinamentos durante um século, porque presenciamos nessa pessoa um exemplo vivo da iluminação. Como podemos encontrar Jesus ou o Buda? Tudo depende de nós. Muitos dos que olharam diretamente nos olhos do Buda ou de Jesus não foram capazes de enxergá-los. Certo homem estava com tanta pressa de ver o Buda que não deu atenção a uma mulher terrivelmente necessitada que encontrou no caminho. Ao chegar ao mosteiro do Buda, não conseguiu vê-lo. O fato de vermos ou não o Buda depende do estado do nosso ser.


Thich Nhat Hanh em Vivendo Buda, vivendo Cristo